A segurança dos Auditores-Fiscais no exercício de suas atribuições funcionais foi tema de seminário promovido pelo Sindifisco Nacional, por meio da Diretoria de Defesa Profissional, na terça-feira (4), em Maringá (PR). Auditores-Fiscais se reuniram em torno do importante debate sobre procedimentos de segurança, providências de proteção em caso de ocorrências graves contra a integridade do Auditor-Fiscal e a responsabilidade do Estado em garantir um ambiente em que a fiscalização seja salvaguardada de ameaças.
O seminário antecedeu o início do Júri Popular que vai julgar três dos acusados pelo assassinato do Auditor-Fiscal José Antônio Sevilha, 17 anos após o crime. A viúva do Auditor, Mariângela Gasparro Sevilha, e a filha Patrícia Gasparro Sevilha estiveram presentes no debate, que foi realizado no auditório da Delegacia da Receita Federal de Maringá. O julgamento pelo assassinato de Sevilha começará nesta quarta (5), conduzido pela 3ª Vara da Justiça Federal na cidade.
A diretora de Defesa Profissional, Auditora-Fiscal Nory Celeste Sais de Ferreira, destacou que o assassinato de Sevilha foi um crime contra toda a categoria. “Esse dia (do crime) não acabou porque não houve julgamento. Considero fundamental que todo Auditor-Fiscal se sinta tocado, pois foi um crime cometido contra todos nós. Precisamos passar desse dia e, para que isso nunca mais aconteça, precisamos de justiça”, afirmou.
O presidente do Sindifisco Nacional, Auditor-Fiscal Isac Falcão, afirmou em sua fala de abertura que a categoria não pode aceitar eventos de intimidação pelo poder econômico de alguns. “A condição para que possamos exercer nosso trabalho naquilo de mais nobre que ele tem é poder fiscalizar sem pressões, intimidações e com segurança. Seguir o parâmetro da lei para que cada um contribua efetivamente de acordo com a sua capacidade econômica, sem que isso implique riscos à integridade do Auditor-Fiscal”, avaliou.
Isac Falcão disse ainda que espera que se faça justiça para Sevilha no julgamento e lembrou que, de acordo com a investigação da Polícia Federal, antes de ser assassinado os suspeitos tentaram intimidar e até corromper Sevilha, sem sucesso. “Nesse momento em que passamos por ameaças, precisamos estar unidos. Cada um deve contar sempre com o Sindicato; essa luta é nossa. Esperamos que a Receita Federal se renove para trazer segurança para os Auditores, especialmente os que atuam nos postos de fronteira ou investigando grandes sonegações”.
O titular da DRF/Maringá, Auditor-Fiscal Marcos Wanderley de Souza, o representante da Delegacia Sindical de Maringá, Auditor-Fiscal Arcanjo Valério de Lima, e o diretor do Sinait, Auditor-Fiscal do Trabalho Lauro Souza, também participaram da mesa de abertura e reforçaram a importância do sentimento de solidariedade entre os Auditores. Todos criticaram a demora no julgamento dos assassinos de José Antônio Sevilha e manifestaram a expectativa de que dessa vez o caso seja concluído.
*COM INFORMAÇÕES DE SINDIFISCO NACIONAL
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