Um estudo sobre a tributação dos super-ricos, a partir de informações do Imposto de Renda Pessoa Física 2022, realizado pelo Sindifisco Nacional, foi tema de notícia no site da BBC Brasil na última segunda-feira, 28. O levantamento concluiu que, no Brasil, os milionários pagam menos Imposto de Renda em comparação a profissionais de renda média e alta, como professores, médicos e policiais.

Segundo o estudo elaborado pelo Sindifisco Nacional, pessoas com rendas superiores a 160 salários-mínimos (R$ 2,1 milhões no ano, ou R$ 176 mil por mês) pagam alíquota efetiva de Imposto de Renda inferior a 5,5%. Enquanto isso, professores do ensino fundamental pagaram, com base no IR Pessoa Física 2022, um percentual de 8,1%, enfermeiros, 8,8%, bancários, 8,6% e assistentes sociais, 8,8%.

Para o presidente da Delegacia Sindical do Sindifisco Nacional em Florianópolis, Auditor-Fiscal Roger Corrêa, o recebimento de lucros e dividendos, que são isentos de imposto de renda no Brasil, é um dos motivos da diferença. “Essa é uma das distorções que precisam ser repensadas. Os mais ricos recebem dividendos e lucros das suas empresas, não tributados. Ou seja, o Imposto de Renda subiu para mais pobres e caiu para mais ricos. É um ponto da política fiscal a ser reavaliado urgentemente”, avalia.

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